sábado, 13 de dezembro de 2008

A HISTÓRIA

Águas de São Pedro tem início de sua historia com o imigrante italiano Ângelo Franzin, que depois de muito trabalho na lavoura conseguiu comprar dois grandes pedaços de terra, na região de São Pedro, no interior do Estado de São Paulo, no início da década de 10. Assim começou seu trabalho nas fazendas Palmeiras e Limoeiro.
No Bairro do Querosene, que tinha este nome devido forte cheiro que emanava de suas terras, localizado na Fazenda Palmeiras, houve interesse por parque daqueles sonhavam em encontrar petróleo em terras paulistas estudos sobre a possível existência do “ouro negro” nesta região.
Em 1921 começaram as primeira prospecções com aval do então governador Júlio Prestes. Porém as pesquisas não tiveram sucesso em encontrar petróleo e sim águas de gosto estranho e cheiro forte. Os poços acabaram sendo abandonados e continuaram jorrando águas termais sem que ninguém se aproveitasse.
Anos mais tarde, Ângelo Franzin, percebeu que os animais que bebiam daquelas águas, eram mais sadios que os outros e depois de uma rápida analise, constatou o valor terapêutico que as águas ofereciam. Graças a isto em 1934 ele construiu um pequeno balneário onde ele esmo se banhava esperando uma cura para seu reumatismo. A notícia sobre o poder de cura das águas se espalhou, neste mesmo local, hoje conhecido como "Fonte da Juventude", foi ampliado e um novo balneário nasceu feito em alvenaria e bem maior que o antigo balneário de madeira, construído por Ângelo Franzin.
Em 1935 o empresário Octavio Moura Andrade, que havia conhecido as “águas medicinais”, um ano antes, resolveu investir e como um homem de visão, viu ali a oportunidade de construir uma cidade única, uma cidade voltada à saúde e ao lazer, voltada à qualidade de vida. A partir daí iniciaram as obras da construção de "Caldas de São Pedro",
O projeto era audacioso, constava à construção de um grande balneário, um hotel cassino em meio a um parque e o conceito de “cidade jardim”, como nas cidades européias. Para tal foram contratados o urbanista Marcelo Vieira de Macedo Vieira e os melhores paisagistas, arquitetos e engenheiros do país.
Em 25 de Julho de 1940 era inaugurado o Grande Hotel São Pedro, um dos melhores e maiores hotéis do Brasil, que mais pareia “um transatlântico no meio do deserto”, com ilustres hóspede em seu cassino.
Em 30 de abril de 1946, Otávio Moura Andrade foi surpreendido com a notícia do fim dos cassinos no Brasil, por ordem do então do presidente Eurico Gaspar Dutra, a pedido de sua esposa dona Carmela (conhecida como dona Santinha),
uma mulher extremamente religiosa e contrária ao jogo.
Apesar desta péssima noticia, a cidade prosperou e surgiram novos hotéis, pousadas e colônias de férias, Águas de São Pedro e se consolidou em uma das melhores estâncias hidrominerais do país e vive do turismo até hoje sendo o segundo menor município brasileiro em extensão territorial. apenas 3,64 km² e um dos melhores em qualidade de vida.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UM SONHO REALIZADO

Um sonho realizado, é assim que resumo Águas de São Pedro. Desde o seu planejamento, até a sua fundação em 25 de julho de 1940, pelo visionário Octávio Moura Andrade. Pouco mudou, até então, mas este era o objetivo. Cidade de “forasteiros”, vindos de todos os lados do Brasil e exterior, é uma pequena ilha, uma jóia em meio ao caos da vida moderna. Tranqüila, seus moradores permanecem em estado de sossego eterno, algo que segundo os médicos, chama-se “Síndrome de Tahiti”, ou seja, a sensação de estar vivendo no paraíso. Às vezes aqui, ou ali, alguns jovens, sejam eles estudantes ou mesmo os “filhos da terra”, rompem este silêncio, o que é normal, tratando-se da juventude e quem nunca foi jovem uma vez? Ou mesmo uma notícia seja ela boa ou má, surge e abala a população, coisa de cidade pequena, já deveríamos estar acostumados.

Em suas ruas arborizadas, as primaveras explodem sob a luz do sol, cores de tirar o fôlego e os fotógrafos digitais, ficam perplexos diante de tanta beleza. O mais incrível é que na cidade não há nada de natural, tudo foi planejado, os jardins, os lagos, o bosque, até as fontes medicinais, também não o são, não jorram por milagre, foram perfuradas na busca ao ouro negro. Graças a Deus não o encontraram e sim algo mais valioso, a vida em forma água. É pena que ainda não tenhamos um museu que conte um pouco desta história, apesar de possuirmos um rico acervo.

O som dos pássaros se mistura aos aromas da natureza, aqui o brilho do sol é mais intenso, a cidade do “Além do Horizonte, Um Lugar Bonito e Tranqüilo Para Viver Em Paz”, como diz a música do Rei, que aqui foi composta junto ao seu amigo de fé. Em Águas de São Pedro, as pessoas ainda se cumprimentam ao se cruzarem, sem medo ou receio, apenas o fazem naturalmente, a amizade ainda é preservada. Nossas crianças são mais felizes, eles possuem todo espaço para brincar e curtir a sua infância com segurança, a cidade perfeita para criar nossos filhos. Nos finais de semana, a paisagem bucólica é preenchida com pessoas, turistas que desejam passar aqui momentos felizes, uma deliciosa fuga da realidade.